No Dia da Consciência Negra, Petrolina destaca ações por educação antirracista o ano inteiro

A Lei 12.519/2011, que instituiu o 20 de novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, veio para reconhecer a importância do povo preto no país. No entanto, os impactos do racismo no Brasil ainda estão latentes nos dias atuais, e a reflexão sobre este tema não deve se restringir apenas a este mês, sobretudo quando se trata de educação.

Na rede municipal de Petrolina, 77,53% dos estudantes se declararam pretos ou pardos. A rede compreende a importância de ações estratégicas que envolvem toda a comunidade escolar, incluindo pais e a própria Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEDUCE) para a construção efetiva de uma educação antirracista. Neste ano diversas iniciativas marcaram este compromisso, como o encontro formativo com as equipes da SEDUCE, voltado a discutir estratégias para a promoção de uma educação que considere o princípio da equidade.

Além disso, são realizados anualmente os seminários da Equidade Racial, voltados para os anos finais da educação básica. Em julho, o encontro de reflexão e troca de experiências entre professores da rede aconteceu durante o Julho das Pretas, mês que celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Já em outubro, formações e oficinas marcaram o Workshop da Educação Infantil, intitulado “Infâncias Plurais, Identidades Ancestrais”, que também contou com palestra da escritora Barbara Carine. Outro importante instrumento foi a construção e difusão do Protocolo de Combate ao Racismo, um guia que orienta as ações necessárias para lidar e combater situações de racismo no ambiente escolar.

A Secretaria também reconhece a importância da representação positiva desde os primeiros anos da infância, utilizando a ludicidade para compreender e celebrar a diversidade cultural. Por isso, busca constantemente adquirir materiais didáticos que reforcem a construção da representatividade, como bonecas, fantoches e livros que apresentem a negritude e a cultura negra. A pasta reforça que muito tem sido feito, mas reconhece que o caminho para uma educação verdadeiramente antirracista é contínuo.

Fonte:Carlos Britto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *